O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá

No ano do centenário do escritor baiano Jorge Amado (2012), um projeto desenvolvido pelo Centro de Pesquisa Moinhos Giros de Arte viabilizou a construção do espetáculo O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, dentro das ações da iniciativa Formação de Crianças e Jovens Líderes – Promovendo Direitos de Jovens: literatura e cultura, realização da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Secult, Salvador) em parceria com a Universidade Estadual da Bahia (Uneb).

Em cena, mais de 30 pessoas, entre alunos e professores da rede municipal de ensino de Salvador. Tudo para contar a história de amor entre um gato e uma andorinha. De forma poética, o texto de Jorge Amado discute como a sociedade interfere nessa aproximação entre os desiguais, agindo mesmo, de forma contrária, a manter as distâncias. Para o palco, a Novos Novos levou uma versão alegre e questionadora do texto, com muita música e coreografias.

É rica, ampla e produtiva a experiência de trabalhos junto a discentes e docentes das redes públicas de ensino, nos quais pode-se ter crianças e professores em oficinas artísticas e educativas, com a possibilidade de trabalhar com eles visando realizar uma encenação. É uma experiência transformadora para os que participam da criação, e também para as milhares de crianças e dezenas de professores que têm a oportunidade, ao final dos projetos, de assistir ao espetáculo resultado do percurso. São crianças e professores na plateia vendo seus colegas, crianças e professores, no palco. Um exercício que mostra que as fronteiras do querer e do fazer existem para serem transpostas.

O Gato Malhado e a Andorinha Sinha foi visto por mais de duas mil pessoas, em apresentações gratuitas para alunos e professores da rede pública municipal de ensino de Salvador (Bahia).